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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Jackie, a estripadora


Agora saiu um livro dizendo que Jack, o Estripador pode ter sido uma mulher.

Jack, o estripador, não está mais tão em moda quanto era na minha infância. Eu vi vários documentários sobre ele, e todos eles apresentavam uma lista de suspeitos. Com os dados que eles forneciam, eu tentava adivinhar quem seria o Jack. Em nenhum desses documentários falaram em uma mulher, durante séculos ninguém jamais cogitou que pudesse ser uma mulher. É uma das formas que a desvalorização e o preconceito assume: de tornar algo impensável. Uma mulher jamais poderia ter sentimentos tão violentos. A violência concedida à mulher sempre foi a de tratar mal filhos, maridos, empregados. Mulheres gritam, choram, esperneiam, infernizam, nunca matam. Principalmente, uma mulher jamais poderia enganar a polícia - os homens da polícia - durante tanto tempo. Eles não poderiam imaginar uma mulher com a técnica que o Estripador tinha, e muito menos a capacidade de fazer o que fazia sem ser descoberto. Em resumo, uma mulher não poderia ser tão inteligente.

Homens não esperam violência das mulheres, que compraram a idéia e refrearam sua violência durante muito tempo. Mas o preconceito, ao diminuir a visibilidade, permite revoluções silenciosas, crescimentos insuspeitos e crimes sem solução. Como mulher, me senti um pouco vingada com a idéia de uma Jackie Estripadora.

8 comentários:

  1. Pensando bem aqui com os meus botões faz sentido uma Jackie Estripadora. Ah, mas faz muito sentido. Tb me sinto um pouco vingada.

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  2. É, você tem razão. Mesmo uma Bathory, documentada e conhecida, é constantemente ignorada. Mas existe um livro sobre assassinas. Trombei com ele na Feira do Livro de SM. Algumas enganaram a polícia por décadas. Uma estripadora é de se pensar.

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  3. Interessante! Mas acho algumas características difíceis de explicar, como uma mulher da aristocracia imobilizar uma prostituta, geralmente calejada e violenta na hora de lutar pela vida, e o fato de alguns dos assassinatos terem sido brutais, o que casa melhor com paixões sexuais e não com angústias da maternidade não adquirida. Sobre a ausência suposta de abuso sexual às vítimas, grande parte dos maníacos sexuais tem histórico de impotência.

    Me assustou o fato de sentirem-se vingadas! Não entendi. Vingadas em qual sentido? As vítimas todas não foram mulheres?

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    1. O que é pior, ser impotente ou não conseguir ser mãe? Não acho que essa explicação seja pouca coisa. Nessa parte de não ter abusos eu também pensei.

      Vingadas no sentido de que ela não foi pega justamente porque duvidaram da sua inteligência. Eram homens desacretitando da capacidade de uma mulher.

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    2. Ah, bom! É, tem razão. Lembrei daquela serial killer interpretada pela Charlize Theron. Mas também tem o orgulho de saber que as mulheres não são predispostas a matadoras em série.

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  4. Na verdade, até onde eu sei (eu pesquisei bastante sobre o caso alguns anos atrás) sempre houve a ideia de que Jack pudesse ter sido uma mulher. A principal suspeita da época seria Mary Pearcey, uma das principais até os dias de hoje. Arthur Conan Doyle foi um dos que levantou a hipótese de ter sido uma mulher.

    Não vejo essas características de diminuição da mulher para este caso. Não concordo com o texto, mas é um bom texto e uma boa perspectiva.

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    1. Eu nunca pesquisei o assunto, então realmente ignorava a existência de uma suspeita. Obrigada!

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  5. Anônimo2:22 PM

    eu sei quem foi jeckie a estripadora foi uma mulher que nao podi ter filhos e queria se vingar de mulheres que podiam porque ela tinha inveja

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