tag:blogger.com,1999:blog-7732458919791459345.post7808341050994652359..comments2023-03-17T06:39:08.860-03:00Comments on Caminhando por fora: Família desestruturadaCaminhantehttp://www.blogger.com/profile/02517577097349114098noreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-7732458919791459345.post-42291648566071381402012-05-31T15:01:15.829-03:002012-05-31T15:01:15.829-03:00Você não acha "estranho" que só exista c...Você não acha "estranho" que só exista concordância por parte de quem está no mesmo barco? Não te parece "estranho" que só os alcoólatras pensem que o álcool não faz mal para a saúde? Ou que só os fumantes dizem que o cigarro não vicia?<br /><br />Na certa ninguém gosta de ser marginalizado, ou colocado como "diferente" do padrão social. No entanto, embora existam exceções, na maioria dos casos, problemas de convivência social são, sim, associados a problemas familiares.Luiz Bernardihttp://luiz.bernardi.zip.netnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7732458919791459345.post-737781955237774362011-02-05T15:40:07.901-02:002011-02-05T15:40:07.901-02:00Farinatti, que bom que você gostou da parte histór...Farinatti, que bom que você gostou da parte histórica, porque a escrevi morrendo de medo. Vindo de você, fico bastante aliviada, é por aí mesmo.<br /><br />Milton, já disse que fiz o post pensando em você. Porque taí alguém que não merece ser tachado de fracassado que criou uma família desestruturada. Eu vejo coisas tão ruins em casais que ainda estão juntos - indiferença, se unirem contra os filhos, ou jogarem os filhos uns contra os outros, pressões, que às vezes dá a nítida impressão de que a separação é muito melhor. Desconfio bastante do controle de pais sobre filhos. A separação abre essa brecha e dependendo dos pais isso acaba sendo mais saudável.<br /><br />Charlles, temos pais separados e mães com algumas semelhanças. Nunca tive problemas na escola, muito pelo contrário: sempre fui do tipo que não precisava estudar pra ter boas notas. Mas tive meus problemas (mais sérios, menos sérios? Níveis de sofrimento não são mensuráveis) e aprendi a superá-los da forma possível. Durante muitos anos achei que quem não tinha vivido o que eu vivi teria menos do que se queixar/ superar. Mas não tem. Muda a forma, muda a maneira como entendemos, mas estou convencida de que o mundo nunca acolhe da maneira amorosa e compreensiva que gostaríamos.<br /><br />Nikelen, fantástica essa questão da escola. Nos cadernos de caligrafia (quando aprendemos a escrever o nome da família inteira), nos desenhos, nas histórias, tudo aponta pra um modelo e faz sofrer quem não faz parte dele. Quem é criado por avós, quem é orfão, quem não conhece o pai... são muitas formas de ser diferente e isso acaba se tornando um desvio. Considero antropologia essencial por quebrar certos preconceitos, porque mostra que as coisas mais naturais e inconcebíveis podem sim ser diferentes. Uma pena que tão poucas professoras tenham noção de que não é necessário reforçar esses modelos.Caminhantehttps://www.blogger.com/profile/02517577097349114098noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7732458919791459345.post-16005308925721623122011-02-05T14:42:16.643-02:002011-02-05T14:42:16.643-02:00Li teu excelente texto ontem, mas o sono me impedi...Li teu excelente texto ontem, mas o sono me impediu de deixar um comentário decente. O fato foi que fiquei pensando.<br />Concordo com você, lógico. E também com o Milton e a brilhante descrição dele de uma família desestruturada. Conheci várias crianças e jovens que sofriam dessa indiferença, dessa presença ausente de pais que acreditavam que manter uma união ruim era o melhor para os filhos. Aliás, esse é um dos legados mais traiçoeiros do modelo da família burguesa. A de que a conjugalidade convencional é supremamente importante para a formação infantil. Tolerância e paz caem para segundo plano.<br />Esse modelo - pai-mãe-filhos - se impõe duro desde cedo, quando a professora da pré-escola pergunta cadê seu papai no desenho, ou porque você desenhou sua mãe do outro lado da folha, ou ainda se o cara com o seu pai é seu titio. Tudo isso dá a criança a ideia de que a sua família é errada. Família tem pai e mãe e o céu é sempre azul ensinam na escola e criam-se excluídos e se matam Van Goghs com um único golpe.<br />Fiquei pensando na época em que dei aulas na pedagogia e concentrei meu trabalho em romper com os preconceitos do grupo acerca dos modelos de família. Não bastou apenas as alunas olharem para si próprias, fizemos um trabalho histórico antropológico com os modelos familiares humanos. O resultado foi incrível, mas lembro do choque de algumas meninas em ver sociedades com casamentos múltiplos, poliandricos, tribais.<br />Acho que o debate que você propõe não é somente histórico, como apontou o Guto, mas cultural. É preciso romper com a miopia social burguesa que se vangloria de valores que só fazem criar exclusão.<br /><br />Af, falei demais.<br />BjsNikelen Witterhttps://www.blogger.com/profile/13263855202881944694noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7732458919791459345.post-14236318264384733802011-02-05T13:57:38.095-02:002011-02-05T13:57:38.095-02:00Este comentário foi removido pelo autor.charlles camposhttps://www.blogger.com/profile/12363567899344033584noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7732458919791459345.post-55533583985507799112011-02-05T11:48:41.264-02:002011-02-05T11:48:41.264-02:00No entusiasmo e na pressa. escrevi algo bastante i...No entusiasmo e na pressa. escrevi algo bastante incompreensível, né?Milton Ribeirohttp://miltonribeiro.opsblog.org/noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7732458919791459345.post-20276927971055978312011-02-05T07:59:54.902-02:002011-02-05T07:59:54.902-02:00Teria tanto a falar. Estou em três quesitos: separ...Teria tanto a falar. Estou em três quesitos: separado, não provedor (lado B...)e controlador (lado A...), mas apenas dos estudos, pois não controlo festas, amigos e sou liberalíssimo.<br /><br />Quando presentes os dois primeiros itens -- principalmente o primeiro -- , nossa cultura tende a nos colocar a pecha de fracassados. A separação torna ambos fracassados, a não provedoria, só o homem.<br /><br />Sobre a interpretação de estatísticas, as drogas e a marginália: há refazer o conceito de desestrututação, pois família desestruturada é a que o pai transa com a filha, se embebeda em casa, tiraniza a família, a mulher drogada, um dos dois sumidos, sem horários, rotina aceitável e mesmo PAIS INDIFERENTES. <br /><br />Aliás, essa coisa da indiferença de alguns pais de famílias "estruturadas" é um câncer que começa com a criança pequena e vai longe. Tive contato com uma menina inteiramente maluca, com pais ricos, 3 cartões de crédito e uma carteira recheada. Os pais são casados. Ele riquíssimo. Para mim, uma família desestruturada. E daí?<br /><br />(E pq eu não sou um "blog amigo"?)<br /><br />:¬)))Milton Ribeirohttp://miltonribeiro.opsblog.org/noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7732458919791459345.post-35370457784374329032011-02-05T00:47:53.436-02:002011-02-05T00:47:53.436-02:00" Não precisa pensar muito pra concluir que a..." Não precisa pensar muito pra concluir que a família desestruturada é fruto da super estruturada família burguesa." <br /><br />Perfeito! Nada como uma visão histórica para destruir discursos falaciosos.<br />Sabe o que me impressiona, na mesma linha que você apontou? É que mesmo nesse mundo de hegemonia da cultura burguesa, a grande maioria das pessoas, longe das classes mais abastadas, vive outras práticas e estruturas familiares. <br />De novo concordando contigo, o que não dá para negar, porém, é que esses constructos culturais da família burguesa criam um "dever ser" que age agressivamente contra as famílias onde há pais separados.<br />Valeu o trabalho!Luís Augusto Farinattihttps://www.blogger.com/profile/17333719427281210235noreply@blogger.com